Uma vez salvaguardada a preservação da autenticidade do Património edificado, existe um enorme potencial para as janelas eficientes na reabilitação de edifícios em Portugal. Além do contributo para o conforto e a eficiência energética, é assegurada a iluminação natural e proporcionada aos ocupantes a possibilidade de desfrutarem da envolvência do edifício, dependendo, obviamente, do enquadramento do mesmo. Destacam-se ainda outros potenciais co-benefícios associados às janelas eficientes, como por exemplo a questão da proteção e segurança, da acústica e também da estética. A Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE) é bastante clara no que diz respeito aos vãos envidraçados pois o objetivo é substituir todas as janelas dos fogos a reabilitar – 3 828 806. Apesar dos mais recentes programas de apoio do Fundo Ambiental, nomeadamente o VALE EFICIÊNCIA e o EDIFÍCIOS MAIS SUSTENTÁVEIS, é ainda necessária uma clarificação quanto ao financiamento das intervenções na envolvente e das precauções a serem tomadas quanto ao eventual risco do efeito tupperware, tornando as casas demasiado estanques, sem a garantia de uma adequada ventilação, o que poderá resultar no agravamento dos problemas relacionados com a qualidade do ar interior, com as consequências que daí advêm para a saúde humana.
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